O contrário da morte
Se a morte tem um oponente, não é a vida, é o amor.
Se a morte tem um oponente, não é a vida, é o amor.
É a única coisa que pode fazer alguma diferença diante da magnitude da morte, da onipresença da morte, da longevidade da morte.
Do quê, afinal, tanto reclamamos, se temos água, pão, cobertor e afeto? Afeto, na verdade, é uma palavra soft, amor é mais contundente. Se a morte tem um oponente, não é a vida, é o amor.
É a única coisa que pode fazer alguma diferença diante da magnitude da morte, da onipresença da morte, da longevidade da morte:
Sim, porque a morte, a partir do momento que ocorre, passa a ter um período de duração infinito, e antes de virmos ao mundo ela também já existia nesta mesma infinitude de trás pra frente.
Onde estávamos antes de nascer? De certa forma, mortos também. Nossa vida é apenas uma pequena brecha de tempo entre duas ausências acachapantes. E para justificar este breve intervalo de vida e enfrentar a soberania da morte, só mesmo amando.
Tem se falado pouco de amor, virou uma coisa meio piegas, antiga. Hoje cultua-se muito mais a paixão e demais sentimentos vulcânicos, aqueles que fazem barulho, que inspiram loucuras, que causam polêmicas, que atormentam, que dilaceram, que fazem as pessoas se sentirem, ora, ora, vivas.
Tem se falado pouco de amor, virou uma coisa meio piegas, antiga. Hoje cultua-se muito mais a paixão e demais sentimentos vulcânicos, aqueles que fazem barulho, que inspiram loucuras, que causam polêmicas, que atormentam, que dilaceram, que fazem as pessoas se sentirem, ora, ora, vivas.
O filósofo disse: É melhor viver em frenesi do que na neutralidade, e tem razão, vigor é algo de que não podemos abrir mão. A questão é que nada é mais vigoroso que o amor, este sentimento que erroneamente relacionamos com comodidade e mornidão, tudo porque associamos amor ao casamento: Este sim pode vir a se tornar algo acomodado e morno.
O amor pega essa carona injustamente. Amor não é apenas o que aproxima um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres. Amor envolve pais e filhos, envolve amigos, envolve uma predisposição emocional para o trabalho, para o esporte, para a gastronomia, para a arte, para a religião, para a natureza, para o autoconhecimento.
Amor é um estado de espírito que nos move constantemente, é uma energia que não se esgota, é a única coisa que faz a gente levantar de manhã todos os dias sem entregar-se para o automatismo, é o que dá algum sentido para este hiato entre duas mortes. Isto não é vulcânico? Ôh.
Nós, com nossos obstáculos infinitamente mais transponíveis do que a cordilheira, deveríamos experimentar mais deste viagra motivacional chamado amor. E azar se parecermos cafonas...
2 comentários:
Texto de Martha Medeiros.
Depois comento....
"...O amor pega essa carona injustamente. Amor não é apenas o que aproxima um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres. Amor envolve pais e filhos, envolve amigos, envolve uma predisposição emocional para o trabalho, para o esporte, para a gastronomia, para a arte, para a religião, para a natureza, para o autoconhecimento...."
Concordo plenamente, o amor é mais do simplesmente um sentimento, é uma questão de vida e morte, pois sem amor, pode-se viver uma vida já morta,....
Abrcsssssss.......
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