quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Agora nem trabalhar se pode mais.



Após muitos e muitos anos, não se sabe se por decorrência de uma certo arrependimento por parte das autoridades públicas, ou devido a algum outro interessa por trás, foram iniciadas no Rio de Janeiro, mais precisamente nas comunidades carentes, as obras do PAC, o programa de aceleração do crescimento criado pelo Governo Federal, em conjunto com os governos dos estados e municípios. Um programa que tem por finalidade o crecimento de áreas até então consideradas "abandonadas" por parte das autoridades, além de servir para incentivo de instituições privadas e a diminuição do desemprego, o PAC encontra-se agora ameaçado de certa forma. Pelo menos é o que está ocorrendo aqui no Rio de Janeiro.
Traficantes de drogas que atuam nas comunidades que serão benecficiadas com o programa do governo estão ameaçando os moradores das regiões. Poucos candidatos estão se inscrevendo para participarem das obras. O medo se alastra por todas as localidades. O PAC prevê também o policiamento constante dessas regiões, após o término das obras. As denúncias dessas ameaçãs foram recebidas por agentes da Cordenadoria de Inteligência da Polícia Civil (CINPOL), que já estão sendo investigadas.
É um absurdo o que eles estão fazendo. Muitos nessas localidades estão sem trabalho há tempos. Outros, os mais jovens, nunca tiveram uma ocupação, e vêem nas obras do PAC a realização de um sonho: trabalho com carteira assinada. No entanto, estão sendo ameaçãdos por esses marginais que estão incrustados em nossa sociedade, fruto de anos e anos de descaso do Poder Público, que, até pouco tempo atrás, nada fazia para melhorar a situação desses moradores sempre tão humilhados e vivendo em condições péssimas.
Espera-se que, esses problemas sejam resolvidos o mais rápido possivel. Estamos a pouco menos de duas semanas da data prevista para o início das obras do PAC aqui no Rio (dia 27 desse mês). E por incrível que pareça, o Estado do Rio ainda aguarda as promessas de reforço de pessoal e de equipamentos prometidos pelo Governo Federal ao nosso Estado. O orçamento feito conforme o pedido feito pelas duas polícias (militar e civil) chega a casa dos 80 milhões de reais. Entre equipamentos, veículos, reforma de cabines de policiamento, que passariam a ser blindadas, entre outros.
Será uma oportunidade para que se comece a devolver a dignidade e o respeito a essa gente tão sofrida que vive nessas comunidades. E me parece que nada está pronto realmente para o início das obras. O que não se pode, é deixar que esses marginais impeçam as autoridades de realizarem as obras. Esse povo há muito tempo está precisando disso, e espero que não seja por causa de meia dúzia de traficantes, que esses benefícios sejam impedidos de serem feitos. Só nos resta ficar de olho, e torcer para que dê tudo certo, ao final de todas as obras previstas.

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